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quinta-feira, 24 de junho de 2010

4º dia: Buenos Aires x Ushuaia

Hoje foi o dia de voarmos para Ushuaia. O horário do transfer para o Aeroparque era 14:00 h, no hotel. Tomamos nosso desayno, acabamos de arrumar nossas malas e descemos com elas, de maneira a deixá-las no depósito do hotel, que o recepcionista Fernando havia nos informado que estaria à disposição, até a hora de irmos para o aeroporto. Não estava muito frio, mais ou menos 14 graus. Resolvemos que íamos até o bairro de Palermo, usando o metrô (subte, como eles falam aqui). Fomos até a estação mais próxima, a de Lavalle, onde embarcamos. O ticket custa AR$1,10 por pessoa, para uma viagem. Depois de algumas baldeações, tomamos a linha verde até a estação Ministro Carranza, onde descemos. Dali chegamos até a Avenida Santa Fé, mais ou menos a uns 4 km do centro da cidade e do nosso hotel. Esta avenida possui um comércio muito ativo em toda sua extensão. Nela fica o Alto Palermo Shopping, um dos maiores e mais diversificados de Buenos Aires e onde a moda porteña está bem representada nas mãos de John L. Cook, Ona Saez, Kosyuko, Ayres, Akiabara, Prototype, entre outros. Como tínhamos tempo, seguimos andando avenida abaixo tranquilamente, observando a arquitetura local, os hermanos provavelmente se dirigindo aos seus locais de trabalho e o trânsito de veículos, também muito intenso. Cabe um destaque para os ônibus (buses), que, em sua grande maioria, são bem coloridos, não muito novos e "voam baixo", literalmente. De longe sabemos que um deles está chegando próximo a nós, porque possuem um sistema de freios a ar comprimido que fica "espirrando" constantemente, como se estivesse gripado... No caminho entramos numa casa de câmbio, onde troquei cem reais por pesos, recebendo AR$1,90 por R$1,00. Também neste trajeto consegui comprar uma garrafinha de Brandy, daquelas de bolso, de maneira a prevenirmo-nos quanto a uma ocasional onda de frio para encarar lá na Patagônia. Chegando ao centro fomos até a casa de câmbio ALHEC, na avenida Paraguay, onde Mary trocou alguns reais, só que estavam pagando AR$2,06 por R$1,00! Estava quase na hora do transfer chegar e a fome estava dando o ar da sua graça. Paramos, então, no Citybar, pertinho do hotel, e descobrimos que é um restaurantezinho onde os locais, aqueles que trabalham ali por perto em escritórios e lojas, fazem uma refeição ligeira, como, por exemplo, que vimos sendo servidos nas mesas, milanesas, parmentiers, etc. Pedimos duas empanadas de carne e duas de presunto e queijo e as saboreamos juntamente com uma cerveja Quilmes Cristal. Ótima pedida! E a conta: AR$25, com a gorjeta. O transfer foi britânico: às 13:55 estava no hotel para nos apanhar e já o aguardávamos no saguão. Foi só colocar as malas na van e seguir para o aeroporto. No caminho paramos em outros dois hotéis e um casal em cada um deles embarcou também. O segundo casal (olha só que luxo!) estava com uma menininha de uns 4 ou 5 anos de idade e sua babá! Assim é bem mais fácil viajar com crianças... Durante o percurso os casais foram conversando e contando seus passeios ao Tigre e aos shoppings bem como, obviamente, sobre suas compras. Apesar do trânsito meio caótico no centro da cidade, desembarcamos no Aeroparque menos de meia hora depois, pegamos nossas malas e fomos direto ao check-in da Austral, que é uma subsidiária das Aerolíneas Argentinas. Rapidamente nos desvencilhamos das bagagens, pegamos nossos boarding passes e nos dirigimos à sala de embarque. Passamos pelo aparelho de raio-X e, sem problemas, aguardamos chamarem nosso vôo. No horário previsto subimos a bordo e, precisamente às 16:05 LT, decolamos rumo a Ushuaia. A viagem durou 3 horas. Durante o vôo nos serviram um sanduiche frio de presunto e queijo que deixou a desejar... Mary tomou refrigerante e eu uma cerveja Isenbeck e um café. Às 19:15, quando aterrissamos, já estava escuro. É que, nesta época do ano, ou seja no inverno, os dias clareiam tarde e escurecem cedo. O aeroporto da cidade é novinho, construido com suas estruturas em madeira, bem funcional. O Juan Carlos, motorista da van que nos levaria até o hotel, estava nos aguardando. Falando um portunhol perfeito, fomos conversando até chegarmos ao centro, em dez minutos de viagem. Pedimos a ele umas recomendações de onde poderíamos jantar um bom pescado e ele nos forneceu algumas. Ele nos deixou no Hotel Fueguino (de Tierra del Fuego, entenderam?), que fica no início da segunda rua paralela à avenida que margeia o porto e a cidade, quer dizer, quase dentro do "burburinho"! Descíamos um quarteirão e estávamos na Avenida San Martin, onde estão localizadas as lojas, cafés, restaurantes e alguns hotéis: é a rua principal da cidade! O hotel não é muito grande, como tudo aqui em Ushuaia. É novo, o pessoal de atendimento é muito atencioso, tem sauna, sala de massagens e uma pequena academia de ginástica, isto tudo incluido no preço que pagamos. Nos acomodamos, deixamos as malas no quarto e saimos andando pela cidade, para o primeiro "reconhecimento" do terreno. A temperatura era de 7 graus mas não ventava: estava confortável, desde que agasalhados. Achamos um locutório e telefonamos para nossos filhos no Brasil. Seguindo uma das indicações do Juan Carlos, fomos jantar no restaurante "Tia Elvira", que fica na Avenida Maipú, que é a avenida "beira-porto", podemos assim dizer. Sentamo-nos perto da janela, onde pudemos apreciar o movimento de carros. O de pessoas, pelo menos nesta rua, era mínimo... Troxeram-nos uns pãesinhos e manteiga, os quais "devoramos". Mary foi de "Merluza ao gorgonzola", que era um filé gratinado com este queijo e champignons e estava uma delícia. Eu pedi uma "Merluza à Napolitana", também um filé gratinado com queijo e molho de tomates, muito saborosa. Acompanhamos tudo com uma garrafa do vinho branco "Vognier Finca la Linda", o qual harmonizou perfeitamente com os pratos. Finalizei com um espresso. A conta: AR$184, incluindo a propina. O final da noite não podia ser diferente: hotel e cama. No caminho entramos num kiosco e compramos água mineral (é sempre bom levar uma garrafa para o hotel, já que neles o preço é de "tirar o couro"...). Fazia mais frio porém o quarto do hotel era aquecido, até demais. O piso do banheiro também, o que era uma boa! De tão aquecido que estava o quarto, desliguei o aquecedor e abri um pouco a janela para amenizar a temperatura, pois estava ficando desconfortável. Melhorou... Fomos dormir, pois no dia seguinte, às 9 horas, vamos a uma excursão no Parque del Fin del Mundo. Boa noite!
Dicas gastronômicas:
- City Bar, Av. Reconquista, 650, Buenos Aires (almoços rápidos, empanadas, milanesas)
- Restaurante Tia Elvira, Av. Maipú, 349, Ushuaia (pescados, centollas, frutos do mar)