Marcadores

domingo, 4 de julho de 2010

6º dia: ainda em Ushuaia

Levantamos mais tarde, hoje, mais precisamente às 8:15 da manhã. O plano para este dia era conhecer mais a área central da cidade, a pé, prá variar... Logo que saimos do hotel, já clareando, fomos a um mirante que fica na primeira esquina a sua direita, onde fizemos alguns registros fotográficos. O mais interessante é o seguinte: fotografamos numa direção e vimos as montanhas cobertas de neve que circundam Ushuaia. Invertemos a direção e fotografamos o mar, ou melhor, o Canal de Beagle e seus barcos ancorados, tendo ao lado o pequeno porto, onde são movimentadas as mercadorias que se destinam à cidade, como, por exemplo, materiais de construção, alguns mantimentos e coisas do gênero. Combustíveis e gás de cozinha normalmente vem de caminhão! Também neste portinho ficam as embarcações turísticas, em sua grande maioria catamarãs, que fazem os passeios para se conhecer os leões marinhos e pinguins. Iniciamos nossa caminhada seguindo a primeira avenida paralela à do hotel, no sentido inverso ao do mar, quer dizer, na parte mais alta da cidade. No terceiro quarteirão encontramos um kiosco e fomos até ele para acessarmos a internet. Já havia alguns dias que não acessávamos nosso correio eletrônico e assim o fizemos. Sem novidades nos e-mails, seguimos em frente e entramos em outro supermercado, para especularmos. Lógico que eu fui direto para a seção de vinhos, onde comprovei que estava no lugar certo: bons exemplares de bons produtores das diversas castas e, melhor do que tudo, ótimos preços. Saimos conversando se seria uma boa idéia comprar algumas garrafas e levar para o Brasil, se não ia atrapalhar nossa viagem, se seria muito peso para carregar, etc. Não concluimos nada, até aquele momento. Descemos para a rua principal, fazendo uma pequena parada para fotografar o quartel das Forças Armadas instalado lá e seguir até o Museu Penitenciário, onde funcionava o presídio, antigamente. Dali seguimos rumo ao cais, ou seja, à Avenida Maipu, onde fizemos mais uma fotografia tradicional e inevitável, ao lado da placa com o nome da cidade. Seguimos adiante até uma loja e fábrica de chocolates "Laguna Negra" , da qual havíamos recebido 2 convites para saborear um chocolate quente. Com certeza o saboreamos, pois o friozinho convida a isso, e aproveitamos para adquirir algumas barrinhas para levar de lembrança para os filhos, genro e nora. Também compramos uns potinhos de geléia produzidas na região, com frutas de lá. Durante este tempo decidimos comprar os vinhos que havíamos visto no supermercado. O plano era adquirir uma bolsa de viagem, pequena, transferir para ela as roupas que ocupavam o lugar dos vinhos na mala menor que levamos, embrulhando os muito bem em outras peças de roupa, de maneira que não gerássemos excesso de peso quando embarcarmos de volta. Chocolates comprados, resolvemos voltar para o hotel mas, antes, demos uma entradinha no "Free Shopping" de Ushuaia. Para aqueles que ainda não sabem, a cidade é uma área "tax free", quer dizer, não há cobrança de impostos sobre produtos importados. A arquitetura do prédio até que é bem bonitinha, estilo gótico, mesmo. Mas o sortimento de produtos, sejam eletrônicos, vinhos e outros, assim como os preços, não são convidativos... Aproveitamos para registrar também, fotograficamente, outro exemplo da arquitetura local, a qual achamos muito interessante e que tem tudo a ver com o lugar: é um hotel com um restaurante aberto ao público no andar térreo. Seguindo a caminhada, passamos na "Vinoteca e Fiambreria El Duende", com um estoque muito bem suprido de queijos, embutidos e vinhos, onde pedimos para serem preparados dois sanduiches de jamón y queso, os quais, depois de "tostados", isto é, grelhados num forninho, foram devidamente degustados, acompanhados, é lógico, de uma cerveja local "Capehorn", bastante saborosa. Dali caminhamos, enfim, até o hotel. Depois de alguns minutos de descanso, resolvi ir à sauna. Já relaxado e com as forças recuperadas, deixei Mary tomando um salutar banho de banheira e saí para comprar a bolsa de mão. No percurso comprei, ainda, imãs de geladeira, "t-shirts" com estampas da arte indígena local para nossa filha e nosso genro e, ao passar por uma loja de cd's, me deparei com dois exemplares com músicas só dos Beatles tocadas por um grupo andino com seus instrumentos típicos, principalmente a flauta, cujo som é característico e inconfundível (custaram US$23, os dois - a loja não aceitava cartões nem reais, só pesos argentinos ou dólares americanos...). Voltei para o hotel e resolvemos sair para ir ao supermercado comprar os vinhos. Lá escolhi oito garrafas diferentes, entre malbecs e pinot noirs. Feliz da vida com a aquisição (tudo nos custou AR$300, quer dizer, R$150!), voltamos caminhado alegremente para o hotel, carregando nossas sacolas de compras. Chegando no quarto iniciamos a arrumação da mala, cuja largura, coincidentemente, é igual ao comprimento das garrafas! Foi só forrá-la com uma parte do casacão de Mary, enrolar cada garrafa em uma peça de calça e/ou camisa, colocá-las em duas camadas superpostas, as quais ocuparam quase 100% do espaço disponível, e cobri-las com a outra parte do casacão. Perfeito! Serviço de profissionais! Então só nos restou sair para jantar. No início do dia havíamos identificado um restaurante bem transado a dois quarteirões do hotel, chamado "Maria Lola" e para lá nos dirigimos. Não havia ainda ninguém, já que era cedo, por volta das 8 da noite. Os ambientes interno e externo são de muito bom gosto e o cardápio bem interessante. Mary pediu um "Bife a Chacarera", um suculento bife de contrafilé, muito macio, acompanhado por batatas fritas e champignos. Eu pedi um "Bife Clássico", também de contrafilé, "sangrando" e com pure de batatas, tubo muito gostoso. Harmonizamos com um "Pinot Noir Trumpeter 2008", espetacular. Para arrematar, espressos e a conta: AR$184 + 10%. Depois disso, hotel e cama...
Dica gastronômica: Maria Lola Restó, Av. Deloqui, 1048, Ushuaia (cozinha argentina contemporânea)

Nenhum comentário:

Postar um comentário